O Grupo CAC apadrinha Porsche 911 E 2.4 do Museu do Caramulo

Lançado em 2012, o Programa de Apadrinhamento do Museu do Caramulo visa criar uma associação mais direta entre a comunidade (empresarial e particular) com os veículos da sua coleção permanente, resultando em apoios orientados para a sua conservação e manutenção durante um determinado período.
Foi neste sentido e com grande orgulho que o Grupo CAC decidiu apadrinhar o magnífico Porsche 911 E 2.4, de 1973, que integra a coleção do Museu do Caramulo.

O Porsche 911 E 2.4
Mantendo no catálogo as versões T, E e S do seu 911, a Porsche iniciou o ano de 1972 com várias novidades, a mais importante das quais o crescimento do motor boxer.
O motor passava dos 2195cc para os 2341cc de capacidade, e as potências específicas de cada versão eram aumentadas, especialmente nos modelos exportados para o mercado norte-americano, que passavam a ser equipados com injeção mecânica de combustível, em vez dos tradicionais carburadores Weber.
A alteração à capacidade do motor era feita através do aumento do curso dos cilindros o que, por sua vez, permitia reduzir a taxa de compressão, optimizando o bloco para a queima de combustível normal. Para além destas alterações, o motor era reforçado com uma cambota forjada, incluindo as unidades a equipar o 911 T. Na constante procura de evolução, em 1972, os esforços da Porsche para minorar o nefasto efeito de pêndulo da colocação do motor em posição traseira no 911, levou à realocação do depósito de óleo do motor mais para a frente, com o respectivo bocal de enchimento com acesso do exterior. Esta situação seria novamente invertida nos modelos de 1973, já que, por demasiadas vezes, o bocal do óleo foi confundido pelo da gasolina. Nesse ano, o depósito de óleo passava a ser construído em aço inoxidável.
Outra das novidades mecânicas para 1972 foi a adoção de uma nova caixa de velocidades. Conhecida internamente como Type 915, a nova caixa podia ser especificada com quatro ou cinco relações e derivava do modelo 908 de competição. Ao contrário da anterior Type 901, a nova caixa tinha um sistema de lubrificação mais robusto e era facilmente identificada por utilizar um esquema em “H” com a primeira velocidade incluída, ao contrário do anterior sistema dog-leg. Para os clientes da América do Norte, a Porsche continuava a oferecer, como opção, a transmissão automática Sportomatic.
Em 1973, o 911 sofreu algumas alterações de pormenor, com o modelo E a receber as jantes ATS cookie-cutter, de dimensão 6Jx15, como equipamento de série, substituindo as jantes em ferro propostas um ano antes. No motor Type 911/52, a injecção mecânica de combustível mantinha-se inalterada, assim como a capacidade, com 2341cc, a potência, de 165cv às 6200 rotações por minuto e valor de binário máximo, de 205 Nm às 4000 rotações por minuto. Em termos de transmissão, o 911 E podia ser especificado com caixa manual de quatro ou cinco relações e caixa automática Sportomatic de quatro relações. Em 1973, foram produzidas 1366 unidades da série F do Porsche 911 E 2.4.

 

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